Durante o Conservative Political Action Conference (CPAC), o maior evento de conservadores do mundo realizado em Washington DC, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou que irá concorrer às próximas eleições no Brasil, em 2026. Em seu discurso, Bolsonaro criticou a esquerda e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e também chamou a também ex-presidente Dilma Rousseff de “comunista”.

Bolsonaro falou por cerca de 25 minutos, exaltou os Estados Unidos e os americanos, e mencionou a sua relação com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas não fez menção ao escândalo das joias ilegais revelado pelo Estadão. Seu governo tentou trazer para o país colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes avaliados em € 3 milhões (R$ 16,5 milhões), presentes do regime saudita para ele e a então primeira-dama Michelle Bolsonaro, que foram apreendidos no aeroporto de Guarulhos.

“Eu me sinto no Brasil, terra de bravos, da liberdade, do progresso e da ordem. É o que muitos políticos sempre falam. Não é fácil ser político, pelo menos para aqueles que querem honrar sua palavra e fazer o bem ao próximo”, disse Bolsonaro ao iniciar seu discurso, sem citar nomes.

Ele afirmou que decidiu concorrer às eleições no país após a reeleição de Dilma, quando a chamou de “comunista”. “Jamais esperava ser presidente do Brasil, mas quando vi uma comunista ser reeleita no meu país, resolvi enfrentar esse desafio”, disse. “Eu sinto lá no fundo que essa missão ainda não acabou”, emendou.

Ao criticar a oposição, Bolsonaro afirmou que a esquerda o via como um “alvo difícil” de ser atingido e que o partido tem perdido eleitores no Brasil para aqueles de centro-direita, assim como ocorre nos Estados Unidos. Ele chamou o governo Lula de “novo-velho” e também desmereceu sua gestão ao defender a pauta dos bons costumes. “A primeira medida desse novo-velho governo foi revogar minhas ações”, afirmou.

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