Na manhã dessa quinta-feira(20), Agentes da Polícia Federal estiveram em uma construção de apartamentos em Águas Lindas de Goiás, que pertence a IRC Construções e Incorporações, para averiguação de denuncia de alojamento irregular, trabalho escravo e falta do fornecimento de alimentação aos trabalhadores.
Várias viaturas estiveram no local, acompanhando os Fiscais do Ministério do Trabalho, que fotografaram tudo e registraram toda a área do terreno.
Segundo a informação de um dos agentes eles estavam no local, para proteção dos fiscais e do Ministério Público Federal que esteve na obra.
Tentamos contato pelo número fornecido no cadastro do CNPJ e das publicidades de venda da Construtora, mas ninguém foi encontrado e inclusive o número de atendimento não existe.
DEPOIMENTO DOS FUNCIONÁRIOS
Alguns operários que se encontravam do lado de fora da empresa, e assustados com a presença de nossa reportagem, relataram que era apenas uma fiscalização da denúncia, um deles relatou que onde era para dormir 05 ou 06 pessoas, haviam até 10 pessoas no alojamento em condições sub-humanas.
No momento da chegada da nossa equipe ao local, funcionários e talvez o responsável pela construtora, correu e mandou fechar o portão, não permitindo a cobertura da imprensa.
Algo muito estranho nos chamou a atenção, porque se era apenas uma fiscalização de rotina, porque sobrevoaram a área com drone, fiscal estava fotografando tudo e fecharam os portões?
Águas Lindas de Goiás tem crescido ano após ano, porém a maioria dessas obras, não tem acompanhamento do poder público local ou não há interesses em fiscalizar essas construções. Até o final dessa reportagem não havíamos conseguido nenhum número de telefone que, pudesse nos dar uma declaração sobre o acontecimento.
O nome da empresa responsável pela obra, consta no cadastro de empresas com dívida ativa com o Município de Águas Lindas e mesmo assim mantém o andamento das obras.
Esperamos que alguma autoridade local da Secretária de Habitação, possa dar algum esclarecimento sobre o assunto.
TRABALHO ESCRAVO
Segundo um dos agentes que estavam acompanhando os fiscais, não foram encontrados indícios de trabalho escravo, mas que a empresa estava através dos seus responsáveis, fazendo um acordo com o Ministério Público.