As atenções com as contas públicas no Brasil e nos Estados Unidos fizeram o dólar e o Ibovespa fecharem no campo negativo nesta segunda-feira (13).

Nos EUA, o sentimento de cautela vem após a agência de classificação de risco Moody’s piorar a perspectiva da nota do rating norte-americano, de “estável” para “negativo”, enquanto no cenário doméstico os olhares se voltam para a possibilidade de mudança da meta fiscal de 2024.

Ainda no cenário internacional, investidores de todo o mundo aguardam a divulgação de novos dados da inflação dos EUA segundo o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), nesta terça-feira (14).

Diante destas pressões, o dólar encerrou a primeira sessão da semana com queda de 0,13%, negociado a R$ 4,908 na venda.

Já o clima de cautela fez o Ibovespa, o principal índice do mercado brasileiro, fechar o pregão com perda de 0,13%, aos 120.410 pontos.

Entre as ações, destaque para Americanas (AMER3), que perde 2,44% com a frustração do investidor — já que a empresa anunciou que divulgaria hoje o balanço de 2022. Mas houve o quarto adiamento e os números devem ser conhecidos na quinta-feira (16).

A Vale (VALE3) — papel com maior peso da bolsa — fechou com perda de 0,21%, após a Agência Nacional de Mineração (AMN) informar a interdição das atividades de disposição de material em três pilhas de uma mina da Vale na cidade mineira de Mariana.

A medida ocorreu por “não comprovação da estabilidade das estruturas”.

Contas públicas no radar

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentou duas emendas ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2024 com o objetivo de alterar a meta de déficit zero que tinha sido estabelecida pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A meta de déficit zero é defendida pela equipe econômica e consta no projeto orçamentário de 2024 enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional. No entanto, já foi colocada em dúvida pelo próprio presidente da República e outros parlamentares da base aliada.

Cautela global

A moeda americana também se desvalorizou puxada pela reação à decisão da agência de classificação de risco Moody’s.

Na sexta-feira (10) à noite, após o fechamento dos negócios, a Moody’s piorou a perspectiva do rating da maior economia do mundo de ‘estável’ para ‘negativo’.

Isso indica que, se houver um movimento na nota dos Estados Unidos, será de piora.

Esse rebaixamento — downgrade, como dizem no mercado — não é automático. A Moody’s citou como um das razões a diminuição da força fiscal dos EUA.

Os analistas citam que, enquanto o país opera com juros mais elevados, não foram observadas medidas eficazes para reduzir gastos do governo ou aumentar as receitas.

Por isso, preveem que déficits fiscais seguirão elevados

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