O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) realizou uma apreensão de 28,7 toneladas de barbatanas de tubarão em uma ampla operação em nível nacional. De acordo com o órgão, que divulgou os resultados da operação nesta segunda-feira (19), essa é a maior apreensão de barbatanas já registrada no mundo.

A quantidade apreendida representa a estimativa de morte de cerca de 10 mil tubarões, conforme informado pelo instituto. As barbatanas encontradas pertencem aos tubarões azul e anequim, também conhecidos como Mako, que foram listados como espécies ameaçadas de extinção em 22 de maio.

Do total de produtos que seriam ilegalmente exportados para a Ásia, 27,6 toneladas foram descobertas em uma única empresa em Santa Catarina, a qual está sendo autuada nesta segunda-feira. Em outra operação, o IBAMA flagrou 1,1 tonelada no Aeroporto de Guarulhos em maio.

A pesca direcionada aos tubarões é proibida no Brasil, conforme regulamentação do instituto. Por isso, suspeita-se que as embarcações utilizadas para a captura dos animais “tenham se aproveitado de licenças de captura de outras espécies de peixes, excedendo os limites de carga permitidos”, afirmou o IBAMA. Além disso, as embarcações deixaram de adotar as medidas obrigatórias para evitar a captura e morte de aves marinhas, resultando na morte de milhares dessas aves, incluindo algumas espécies ameaçadas de extinção, de acordo com o órgão.

Na Ásia, as barbatanas dos tubarões são consideradas iguarias de alto valor. Para combater esse crime, o IBAMA iniciou a operação Makaira em janeiro, como parte de uma ação institucional de combate à pesca ilegal, não declarada e não regulamentada. Essa operação faz parte do Plano Nacional Anual de Proteção Ambiental e está em conformidade com os acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário.

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