A Volkswagen está planejando um novo ciclo de investimentos no Brasil, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. O sindicato afirma que a proposta é adicionar 1 bilhão de euros (R$ 5,33 bilhões) ao ciclo atual de investimentos, que estava programado para ser concluído em 2026. Caso seja confirmado, esse valor será distribuído entre as quatro fábricas da montadora no Brasil.

Em um comunicado, Wellington Messias Damasceno, diretor administrativo do sindicato, menciona que a eletrificação de produtos é uma das justificativas para expandir os investimentos. Ele diz: “Temos discutido a necessidade de avançar nas tecnologias de eletrificação no Brasil, tanto veículos totalmente elétricos quanto híbridos. Acreditamos que essa discussão deve fazer parte das negociações.”

A Volkswagen já confirmou que pretende produzir modelos que funcionem com etanol, gasolina e eletricidade no Brasil. Em um comunicado divulgado recentemente, a empresa confirma as conversas com o sindicato, mas não menciona explicitamente um novo investimento. O comunicado afirma: “As negociações sindicais são uma parte importante da relação entre a Volkswagen e seus colaboradores. Com 70 anos de história no Brasil, a Volkswagen busca sempre um entendimento e colaboração eficazes em prol de seus colaboradores e do ambiente de trabalho.”

De acordo com o sindicato, esse ciclo adicional de investimentos se estenderia de 2026 a 2028, seguindo o plano atual que teve início em 2022. Atualmente, estão sendo investidos R$ 7 bilhões no lançamento de novos produtos produzidos no Brasil e na Argentina, incluindo o desenvolvimento de modelos híbridos flex. No entanto, não há informações sobre a montagem local de modelos 100% elétricos, que poderiam ser incluídos nessa segunda fase de investimentos.

Em março, o Grupo Volkswagen anunciou um investimento global de 180 bilhões de euros (R$ 959 bilhões) entre 2023 e 2027, direcionado para os principais mercados em que a empresa atua, com destaque para a China e os Estados Unidos. Na época, o Brasil não foi mencionado na apresentação feita por Oliver Blume, CEO do Grupo Volkswagen.

Questionado pela Folha se a América do Sul estaria incluída nessa nova rodada de investimentos, o executivo respondeu apenas “sim”. Em seguida, explicou que mercados como Brasil e Índia precisam desenvolver soluções simultâneas que contribuam para a descarbonização.

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